15 de março de 2004

Tamanho

Já é a 3ª vez que tento escrever sobre este assunto, o raio do computador tem caído sempre que estou a terminar o 'post', como sou de escrever ao 'correr da pena' a ideia ja está meio esbatida, mas vamos lá...

Uns nascem, outros fazem-se e outros estragam-se.

Por norma dou mais crédito aos que se fazem, os que ja nascem geralmente estragam-se... é a velha estória de 'Deus dá nozes a quem não tem dentes'. Agora, o que vale a pena reflectir é como é que tal acontece.

Não há dúvida que o Rugby português necessita de tipos grandes (não venham com a desculpa que somos um povo pequeno, as outras modalidades têm esses tipos - talvez falte alguma estratégia federativa para atrair esses atletas, não sei?! Fica no ar a possibilidade de se poder fazer alguma coisa nesse sentido.).

No entanto, esses 'grandes' existem, poucos... mas eles andam aí. O problema é que a maior parte das vezes são os jogadores mais relaxados de todos.

Poderá ser um problema de competitividade interna, o que faz com que estes não se dêm ao trabalho. Se assim for, desculpem-me os 'grandes' mas tal atitude é de uma falta de carácter impressionante, a partir do momento em que entramos nesta modalidade todos sabemos que estamos aqui para dar o máximo pelo próximo (eu sei que também há 'pequenos' com essa atitude, mas desses nunca rezerá a História, há muitos mais outros com o crácter correcto). Por isso, aos 'grandes' pede-se que superem os 'pequenos' no desempenho do seu próprio papel dentro de campo... e isso implica trabalho!
Não venham com a desculpa que 'a nós custa-nos mais porque somos mais pesados', o corpo humano humano está muito bem feito para isso ser desculpa. Se são maiores; terão alavancas maiores, terão massa muscular maior, etc. . O que produzirá um desmpenho +/- proporcional aos 'pequenos'. (O Rugby internacional é um bom exemplo)

Mas, o problema pode não estar no indíviduo 'grande', pode estar nos formadores... lá porque o rapazinho é gordo e pesado ou alto e desengonçado não é um 'coitadinho'. Dar-se a desculpa de incapacidade de execução das acções técnicas, tácticas e fisicas, é um erro. Com certeza é-lhe mais dificil, mas daí a incapaz!... No entanto são miúdos que dão um jeitão na competição e como tal jogam a titularíssimos: intimidam, andam com 3 adversários às costas (apesar de terem péssima técnica de contacto e não saberem discernir situações de vantagem numérica), ganham com facilidade os ALI, são idolatrados pelos 'pequenos', etc. ... no entanto são jogadores que normalmente não fazem diferença no escalão Sénior... os 'pequenos' já rebentam com os 'grandes'.(até tem um 'sabor' especial!).

Os 'grandes' geralmente são jogadores que se geram sem qualquer atitude mental capaz de superar contrariedades, sem mentalidade trabalhadora, com grandes falhas técnicas, sem noção do seu objectivo/ papel principal e fundamental dentro de campo... cabe a quem tem a sorte de ter jogadores com estas potencialidades, não deixar que tal ocorra.

Espero que com este 'post' tenha picado ou acordado os 'grandes', assim como os seus formadores e treinadores... espero ver a resposta dentro de campo. Quero ter a oportunidade de um dia, num campo português, realmente admirar um 'GRANDE'.

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