30 de março de 2004

Campeões Europeus

Desculpem-me os apologistas da relaização no trabalho, leia-se teórico.

Mas não há nada como alcançar um feito desportivo de realce, um daqueles como nós, Rugby Português, em especial os que estiveram directamente envolvidos nesta campanha de dois anos.

Ter uma grande nota num exame, acabar um curso, fazer um grande negócio, etc... é realmente de uma sensação fantástica, só que falta uma coisa... o Corpo, o uso do corpo de uma forma integral, as emoções partilhadas na derrota e na vitória, o alcançar com expressão corporal aquilo que a mente sonha, a superação das contrariedades e das oportunidades... no fundo a fusão da mente no corpo e do corpo na mente, aquilo que se goza das formas mais distintas que se possa imaginar. Desde o momento do apito inicial ao especial apito final quando o jogo termina como terminou e na realidade ainda não precebemos o o que realmente alcançámos, depois vem o tempo de silêncio onde se revê e visualiza, como se ainda estivesse a acontecer, os momentos que ficam na nossa mente para sempre (engraçado! são poucos os que se referem à partida em termos concretos.) é algo inolvidável (leiam bem esta palavra... exprime muito bem o sentimento do inexplicável). Depois a festa, a comemoração. Depois é o dia seguinte, parece que ainda não aconteceu. Depois a vida segue... e guardarei para sempre algo que não se pode explicar, só se pode sentir depois de vivenciar.

Finalmente aproximei-me... da transcendência deste desporto. Daqui para diante só dá vontade de mais, mais e mais...

Desejo: desejo que muitos mais de nós, jogadores portugueses, no futuro tenham a sorte e a ambição de passarem e repetirem esta experiência.

Ilusão: que este feito dê realmente um 'coice' à nossa modalidade.

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