22 de março de 2005

7´s RWC – Hong Kong
(breve análise)

Antes de tudo. Parabéns!... Afinal, foi a melhor classificação de sempre!

1º dia - miserável; 2º dia - miserável; 3º dia - Bom

Apesar da classificação final ser agradável, convenhamos que apenas subimos um pequeno degrau, a ver:

  • derrotas fortes frente as grandes potências (Austrália, Fidji, Samoa)
  • vitórias claríssimas frente a quem tinha-mos obrigação natural de vencer (HK, Tunísia, Geórgia)
  • resultados nivelados com quem é neste momento do nosso nível (Canadá, Japão)

Julgo, que neste campeonato do mundo estabelecemos e confirmamos o novo nível ao qual pertencemos... ou seja, atrás das equipas de topo... gostaria de dizer logo atrás, mas os jogos com as grandes potências foram evidentemente pesados para afirmar tal.
Marcamos claramente, e tal viu-se na confiança dos jogadores, que perante os nossos adversários regulares o nosso campeonato é outro.
Atirámo-nos para a luta de confirmarem-nos como uma potência média e com perspectivas de pregar surpresas aos maiores, na minha opinião, esta é a partir de agora a tarimba pela qual nos devemos reger.

Na convocatória desta selecção houve uma intenção clara de levar uma equipa mais atacante, e tal foi claro pela lista de jogadores “principais” que alinharam nos jogos.
A questão que se deve colocar agora é se foi a estratégia mais indicada ou não? Pelo resultado final, sim! Pela qualidade de jogo, não!
Pareceu-me uma equipa totalmente desinteressada e débil nos 1ºs dois jogos (ok, vai de encontro a objectivos realistas, mas este forma de pensar do triste fado tem que acabar... veja-se a Tunísia que ganhou à África do Sul – felizmente!), no3º jogo o adversário era mau demais e lá nos safamos com relativo... “à vontade”.
No 4º e 5º jogo, os realmente decisivos. Safamo-nos! A vitória sobre o Canadá tem aquela estrelinha... e contra o Japão... foram jogos que pediram consistência colectiva e organização defensiva, e essa... nicles - normalmente defendia-mos 5+1+1... assim naturalmente surgem falhas de placagem devido ao imenso espaço que fica para quem está bem organizado... como tal, julgo que há que detectar onde é que começa o problema. No entanto não há dúvida que no jogo do Canadá as individualidades atacantes marcaram a diferença e ganharam o jogo.
6º e 7º jogo... houve um pouco mais de colectivo, mas os adversários já não são do nosso nível... e novamente foram individualidades atacantes a marcar ensaios e não o colectivo a funcionar, excepto numa ocasião ou outra.
No 8º jogo, não me pareceu que tenha sido o triste fado, mas apenas a incapacidade de poder-mos nos bater de igual para igual, como equipa, contra adversários deste gabarito.

Com este post não pretendo diminuir o resultado de Portugal, apenas tento o ver com outros olhos...

Abraço e continuem com os bons resultados

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