10 de outubro de 2005

Forma de Jogar

Deixem-me fazer uma retrospectiva histórica de treinadores estranjeiros que passaram pelo Rugby nacional.

Mencionarei, apenas aqueles que tive conhecimento da sua passagem pela Selecção Nacional.

De lá para cá, naturalmente estes homens tiverem uma maior ou menor influência. Em todas essas situações além do contributo que esses tiveram para o desenvolvimento do nosso Rugby, também os aproveitámos e adaptámo-nos ao sugerido (afinal sempre somos portugueses, certo?)

Começo para mencionar o Andrew Cushing (Grã-Bertanha), que conduziu a uma atitude perante o jogo mais atlética e profissional (muito sedimentada nos 7's). De seguida, tivemos o Evan Crawford (Nova Zelândia), que contribui-o imenso para o melhoramento da estrutura organizacional de apoio a equipas de competição (provavelmente o aspecto mais importante da sua passagem por cá). Finalmente, o Daniel Hourcade (Argentina), que ainda traz, uma forma de jogar que na minha opinião, filosóficamente, é baseada na responsabilidade individual de cada elemento (coisa escassa e rara no jogador português - há sempre uma desculpa pelo erro cometido)

Seja de que forma voçês julguem, que estes homens tiveram impacto ou não no Rugby nacional, e eventualmente em aspectos distintos dos que eu enunciei, uma coisa é certa. A nossa Selecção, e, indirecta ou directamente os nossos clubes, aplicou e usou a forma de jogar dos países de origem deste conjunto de treinadores, com uma ou outra pequena adaptação ao tipo de jogador português.

Julgo, que esta na hora de encontrar-mos o nosso modo de jogar, a nossa forma de jogar.

Qual é? Tenho uma ideia, não totalmente definida... mas tenho alguma ideia.

Vou dizer-vos, qual o meu ponto de partida para pensar Rugby (Sim. Pensar! Porque para conversar sobre o assunto, é dificil encontrar alguém do meio que antes não preceba mais de futebol... Viva o Salazar! - Fado, Fátima e Futebol!)

Chega de deambulações.

O meu ponto de partida é: o que que nos caracteriza?... o que, que nós portugueses somos? Fazemos? Pensamos? Agimos? Reagimos? Queremos?

3 de outubro de 2005

SN ou SN

Ora bem, como é que vamos fazer isto... mantemos uma politica clubistica à semelhança da Europa ou mudamos para uma politica de SN à semelhança dos Países do Hemisfério Sul.

Os resultados internaciuonais, salvo raras excepções da Inglaterra, provam que o sistema de "Down Under" (que requer menos dinheiro - é quase tão amador como Portugal, á excepção do topo, top) permite mais vitórias na cena mundial. E não podemos dizer que aí, a vida clubistica, não seja pujante.

Aqui temos o problema da quantidade de jogadores seleccionáveis para a representação nacional, assim como para representar os clubes (no fundo os "financiadores" desses atletas).

Agora, também é verdade que se não se criarem as necessidades, as oportunidades também não surgem. O que quero dizer, é que enquanto os atletas de topo, tiverem constantemente a vir cá abaixo aos clubes, os jogadores de 2ª linha nunca terão hipóteses de ter um nível competitivo aque alcançe os primeiros, ficando este espaço reduzido a um muito pequeno lote de pessoas.

Assim, põe-se o dilema de para onde queremos caminhar... SN como um clube a tempo inteiro (com os resultados óbvios que daí advém), e os clubes arranjem forma de competir sem os homens que cedem à mesma... ou, mantermos uma situação à volta da actual, que continuará a ter os prós e os contras já conhecidos, dados esses que até à data julgo, não serem os ideais.